18 de abr. de 2012

Noticias do FORCINE

Um dos temas abordados no FORCINE- ENCONTRO DO FÓRUM BRASILEIRO DE ENSINO DE CINEMA E AUDIOVISUAL-PUC(RIO) foi “Construindo a Área de Pós Graduação em Cinema e Audiovisual: Acadêmico e Profissional”, em que se  discutiu as intensas transformações na relação do cinema com a tecnologia, e as mudanças desencadeadas nos receptores, assim como na dinâmica dos espaços.
Segundo o prof. Luís Leite (UFF) esse processo afetou o espectador, que antes não sofria nenhuma intervenção física, mas que passa agora a ser bombardeado por um movimento de imagem e som. O filme, antes projetado nas telas de cinema, sai das grandes salas e ganha novos espaços como as paredes de metrô e ônibus.
Tais espaços levam a uma valorização da integração de imagens com uma variedade cotidiana de imagens e telas, proporcionando uma diversidade de situações e encontros em movimentos, uma reprodutividade em grande escala, uma personalização e customização do projeto audiovisual.
Essa intervenção no aspecto da interatividade alterou a mídia imóvel, implicando na popularização das fitas VHS, DVDs, tornando o que era inacessível no cinema, banal e descartável, como podemos comprovar, na fotografia digital (“nunca se tirou tanta fotografia, que ninguém vai ver”).
Paralelo a essa depreciação valorativa do filme, vem uma alteração do consumo, exigindo uma nova consciência à Plataforma Lattes, que perpassa as questões da pós-graduação, e abarca a pesquisa, a crítica e a estética.
Renata

13 de abr. de 2012

Qualificação de doutorado no Proped - UERJ

   Como parte de atividade de pesquisa, no dia 02 de abril assistimos no Programa de Pós-graduação em educação (Proped- UERJ), a Qualificação de Doutorado de Helenice Mirabelli Cassino, com o tema: “A mediação dos dispositivos móveis na construção dos sentidos juvenis sobre a cidade: implicações para os processos educacionais”. Participaram da banca a orientadora Maria Luiza Oswald e as convidadas Edmea Santos-UERJ e Maria Lúcia Santaella-PUC-SP.

    Enquanto mestrandas, nossa participação foi importante para conhecermos a dinâmica de uma qualificação, para pensarmos em nossas pesquisas e na qualificação que iremos enfrentar. Para além dos aspectos protocolares, o diálogo travado pelos envolvidos enriqueceu nossa teoria e trouxe possibilidades de outras reflexões sobre a pesquisa em educação.



Érica Rivas e Kelly Maia

12 de abr. de 2012

Palestra com Philippe Dubois: "O cinema de exposição" - Aula inaugural da Eco.Pós - UFRJ

No último dia 02, Philippe Dubois deu a palestra de abertura da Pós-graduação da Faculdade de Comunicação da UFRJ sobre o tema Cinema de exposição. 
A palestra foi ilustrada por slides com diversos exemplos de trabalhos de artistas que levaram a linguagem do cinema para os museus.
Relataremos a seguir algumas questões colocadas por Dubois.
A expressão “cinema de exposição” foi cunhada pelo um crítico de arte contemporânea Jean-Christophe Royoux, nos anos 2000. Tal conceito se opõe ao cinema de projeção num movimento que ocorre nos últimos 20 anos, ocupando outros espaços de exposição, como galerias de arte e museus.
Philippe Dubois entende cinema como:
- os filmes (indiferentemente de seus gêneros) constituem o cinema;
- uma instituição social, cultural, econômica etc.;
- um dispositivo historicamente estável (sala de projeção[1] e sua topografia dinâmica);
- os espectadores (condição sem a qual o cinema não pode existir).

Ingredientes do “dispositivo cinema”
 Sala, Sistema de projeçãoEspectador

Ideia de dupla migração: imagens e dispositivos
A migração de suportes/dispositivos e imagens que saem das salas do cinema, onde há um envolvimento com o valor de projeção, para o museu ou a galeria, onde será agregado a ele um valor de exposição. Em museus e galerias há outro código de comportamento em relação ao que é exibido ali. Também os espaços, suportes e públicos são distintos daqueles encontrados no cinema.
As migrações podem ser consideradas sociológicas e econômicas, pois seguem a ordem de mercado. Neste sentido, pode-se considerar a economia do cinema como uma economia de exploração, e a economia da arte contemporânea como uma economia de especulação.
As imagens que antes eram apenas parte de filmes, que faziam parte do cinema, passaram a fazer parte de exposições.
Em Benjamin, no valor de projeção está incluído o de exposição. Agora não. Uma instalação com nove câmeras não tem um valor de projeção e sim um valor de exposição.
Dubois criou algumas categorias para classificar os diferentes tipos de migração do cinema para os museus e mostrou com diferentes exemplos como elas aconteciam.




Joana Milliet e Mirna Juliana



[1] A sala de projeção segue uma política do espaço que cria uma dinâmica própria entre o filme, os espectadores, a tela e o espaço em que tudo isto está contido.



Caminhadas iniciais em 2012

Nesse início de ano estamos caminhando aprofundando o nosso referencial teórico nas discussões da pesquisa. São muitos desafios nesse momento em que grande parte do grupo está iniciando a análise do material dos diferentes campos da pesquisa. Para isso, além das leituras estamos indo a bancas, a palestras e eventos que nos ajudem a pensar o percurso da pesquisa. Nas postagens a seguir cada dupla colocará as impressões de algumas dessas nossas visitas a outros ares... Sempre necessários!