28 de nov. de 2010

Primeiras leituras

                Apesar de ainda estarmos em um momento inicial de pesquisa, este semestre tivemos leituras significativas que contribuíram para pensarmos e discutirmos sobre nosso objeto de estudo: o cinema e as narrativas de jovens em diferentes contextos educativos. Destacarei alguns dos registros e sentidos deixados em nossos encontros.
                O artigo de Orosco (2009), Entre telas: novos papéis comunicativos das audiências, fala nas múltiplas possibilidades de intercambio sociais na contemporaneidade proporcionadas pelas novas tecnologias, sinalizando para uma modificação e diversidade nos modos de interação entre as telas com as audiências.
                Já o texto Memórias juvenis: a influência do cinema no cotidiano dos jovens nos anos 60, de Puhl e Silva (2009), as autoras partem de jornais da cidade de Nova Hamburgo desta década e relatos orais de pessoas de pessoas que vivenciaram este período como fontes metodológicas. Suas análises nos mostram o quanto o cinema pode estar diretamente relacionado na construção dos modos de vida e comportamento na medida em que constitui parte do cotidiano e das práticas sociais dos jovens.
                Outro texto que incorre na influência dos produtos audiovisuais nos indivíduos é Estudantes Universitários e consumo de filme, de Duarte (2002). Neste estudo, debate-se o papel crucial das imagens cinematográficas na formação de jovens universitários, defendendo o cinema como espaço privilegiado de aprendizagem.
                Por fim, discutiremos Cinema e Educação: um caminho metodológico de Fabris (2008) que, diferentemente dos autores que citei, parte da análise filmes para discutir e problematizar a relação entre cinema e educação. Ou seja, a autora utiliza os textos fílmicos como material empírico para entender os significados culturais que eles produzem.
                Mesmo apresentando formas metodológicas diferentes, alguns pontos e questões trazidos por estes textos perpassam entre si, tecendo nossas reflexões teóricas neste inicio de trajetória da nossa pesquisa.   
Abraços,


Thamyres

20 de nov. de 2010

Debate do filme O leitor

Na última edição do Cine CCH, assistimos ao filme O Leitor contando com a participação de estudantes e professores da UNIRIO, além da presença especial do professor Pedro Benjamin Garcia que veio para enriquecer nosso debate.
De modo sintético, podemos afirmar que a maioria dos que estavam presentes mostrou interesse em se manifestar, levantando questões a partir do filme e expondo seus pontos de vista. Um dos elementos centrais de discussão foi, sem dúvida, a influência da leitura na relação dos personagens Hanna e Michael e as marcas desta prática em suas vidas. É interessante observar que mesmo sendo um filme que aborda o nazismo e toda a barbárie que este período significou para a História, este aspecto ficou secundarizado na discussão, nos revelando que os rastros deixados pelo filme nos participantes foram provocados pela intensidade com que ele é permeado pela leitura.  
Em geral, podemos considerar que suas leituras sobre o filme se formaram através das dimensões afetivas, emotivas, culturais e sensoriais com que se orientam as ações de ler e escrever em O Leitor